Venezuela

Pedro Guerreiro

EUA levam a cabo nova intentona contra a Revolução bolivariana

A República Bolivariana da Venezuela está a ser vítima de uma brutal operação de desestabilização e agressão.

Apesar de terem visto ser derrotadas as múltiplas e diversas tentativas de golpe contra o processo revolucionário bolivariano após 1999, eis que os EUA, com os sectores mais reaccionários da oposição venezuelana, incluindo grupos de cariz fascista, decidem levar a cabo uma nova intentona violenta e anti-democrática contra a Revolução bolivariana.

Apoiados por uma colosssal e planeada operação de desinformação e mentira, os sectores golpistas e anti-democráticos da Venezuela promovem criminosos actos de violência – incluindo assassinatos –, a destruição de património público e privado – incluindo de instalações hospitalares –, acções de pilhagem, tentando impor uma situação que fosse incontrolável.

Esta violenta acção contra a Venezuelana e o seu povo é engendrada e impulsionada a partir do exterior, designadamente pelos EUA que, directamente e indirectamente – recuperando a OEA como máscara –, procuram desde o primeiro momento reverter e derrotar o processo de profundas transformações soberanas e democráticas iniciado por Hugo Chavez há 18 anos.

Os EUA nunca aceitaram o processo de transformações que possibilitou que milhões de venezuelanos tivessem tido, depois de 1999, acesso à saúde, à educação, à água potável, à energia eléctrica, à habitação, à cultura, abrindo a perspectiva a amplo projecto soberano e emancipador, progressista e anti-imperialista, estreitamente vinculado à libertação da América Latina e Caraíbas da tutela e domínio norte-americano. É por isso que os EUA hipocritamente declararam a Venezuela como uma ameaça à sua segurança.

Desde o primeiro momento que os EUA, com a conivência dos grandes grupos económicos na Venezuela, desencadearam uma permanente guerra económica, que ganhou uma nova dimensão com a instrumentalização de dificuldades momentaneamente sentidas pela população em consequência da queda dos preços do crude e das suas consequências na economia venezuelana, incrementando a sua acção de boicote económico, o açambarcamento e a especulação de preços, obstaculizando o acesso regular e adequado a bens essenciais. Recorde-se ainda a sistemática instrumentalização do Parlamento após as eleições de 2015, com o objectivo de destituir o presidente Nicolás Maduro, paralisar a acção do seu governo, confrontar a Constituição venezuelana e atacar o processo bolivariano e as suas realizações.

Ao longo dos últimos 18 anos, a unidade e convergência das forças patrióticas, progressistas e revolucionárias venezuelanas, assim como a união cívico-militar, têm sido determinantes no avanço e defesa do processo venezuelano, processo que assume um enorme significado para a luta dos trabalhadores e dos povos da América Latina e das Caraíbas e de todo o mundo.

Face ao incremento da acção de desestabilização golpista contra a República Bolivariana da Venezuela, que atenta contra a soberania e os direitos do povo venezuelano, adquire ainda uma maior importância a afirmação da solidariedade para com a Revolução Bolivariana e o seu povo.

 



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