Em Monforte, Jerónimo de Sousa acusa PS de ser «mais papista do que o Papa»

PORTALEGRE Jerónimo de Sousa participou, domingo, 23, num almoço em Monforte no qual acusou o Governo de querer ir mais longe do que a UE em matérias prejudiciais ao desenvolvimento do País.

O compromisso do PCP é com os trabalhadores e o povo

LUSA

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Num almoço com militantes e simpatizantes do Partido no concelho do distrito de Portalegre, onde a CDU se encontra em maioria no município, Jerónimo de Sousa acusou o Governo de ser «mais papista do que o Papa» no que respeita aos conteúdos do Programa de Estabilidade e do Plano Nacional de Reformas (ver página 8). Em causa estavam, desde logo, os objectivos de redução do défice anunciados nesses documentos, que vão muito para além das metas definidas pela própria troika durante a aplicação do pacto de agressão. Cada décima a menos no défice, lembrou o dirigente comunista, representa qualquer coisa como 200 milhões de euros a menos para investimento.

Para o Secretário-geral do Partido, o País precisa dessas verbas para responder a problemas económicos e sociais urgentes que persistem, pelo que com estes dois instrumentos «não iremos longe». É em situações destas que se torna evidente que a política de direita faz parte das «opções de fundo» do actual Governo, insistiu. Reafirmando a determinação do PCP em levar o mais longe possível a política de reposição e conquista de direitos e rendimentos, Jerónimo de Sousa garantiu que o principal compromisso dos comunistas não é com o Governo do PS, mas com os trabalhadores, o povo e o País, do qual «não abdicamos».

O Secretário-geral do PCP – acompanhado por Luísa Araújo, do Secretariado, João Dias Coelho, da Comissão Política, Rogério Silva, do Comité Central, e ainda pelo presidente da Câmara Municipal de Monforte, Gonçalo Lagem – lembrou as consequências para o distrito de Portalegre de décadas de política de direita levada a cabo por sucessivos governos do PS, do PSD e do CDS, que fizeram dele o mais envelhecido do País. os mesmos que destruíram e enfraqueceram as conquistas de Abril, entregaram importantes sectores da economia nacional ao grande capital e promoveram a submissão do País às potências da UE e ao imperialismo.




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