Franceses penalizam partidos dominantes

PRESIDENCIAIS A primeira volta das eleições presidenciais francesas, realizada dia 23, foi ganha pelo neoliberal Emmanuel Macron, seguido pela candidata da extrema-direita Marine Le Pen.

PS de Hollande sofre derrota histórica nas presidenciais

Macron, candidato do recém-criado movimento «Em Marcha!», venceu o escrutínio com 23,9 por cento dos votos, superando Le Pen, da Frente Nacional, que obteve 21,4 por cento, com quem irá disputar a segunda volta do sufrágio dia 7 de Maio.

Seguiram-se o conservador François Fillon (19,9%), de Os Republicanos, e Jean-Luc Mélenchon (19,6%), candidato do movimento «França Insubmissa», apoiado por várias forças de esquerda, incluindo o PCF.

A votação de Mélenchon representa uma subida significativa relativamente às presidenciais de 2012, em que teve 11 por cento dos votos.

Pela primeira vez na história recente da França, os dois partidos que se alternaram no poder no último meio século (Partido Socialista e conservadores) foram ambos eliminados da corrida presidencial.

Particularmente penalizado foi o PS de François Hollande, cujo candidato, Benoît Hamon, apenas obteve 6,3 por cento dos votos, reflectindo profundas divisões internas, cavadas durante o último mandato presidencial, devido ao rumo neoliberal das políticas seguidas.

Para já, Macron poderá contar com o apoio dos principais candidatos afastados da segunda volta, com excepção de Jean-Luc Mélenchon, que recusou manifestar o seu apoio ao vencedor.

Por seu lado, o Partido Comunista Francês apelou claramente «a barrar o caminho da Presidência da República a Marine Le Pen», que «constitui uma ameaça para a democracia, à República e à paz», utilizando o único boletim de voto disponível para esse fim.

 



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