Acordo salarial na Orica

Depois de ter sido formalizada a convocação de greve a todo o trabalho suplementar prestado aos sábados, domingos e feriados, a administração da fábrica de explosivos da Orica Mining Services, em Aljustrel, recuou nas suas posições e foi ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores, o que permitiu um acordo salarial.
O SITE Sul informou que, numa reunião realizada dia 16, a administração apresentou uma nova proposta, que foi aprovada no dia seguinte, em plenário de trabalhadores. O sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN refere, num comunicado que divulgou esta terça-feira, que o acordo prevê um aumento salarial de dois por cento, com um valor mínimo de 25 euros. Este valor, inferior à reivindicação geral de quatro por cento e 40 euros, é complementado por um «prémio de sustentabilidade», trimestral, no valor de 100 euros. O subsídio de refeição passa para 8,65 euros. Mantém-se o pagamento de todo o trabalho suplementar de acordo com o contrato colectivo das indústrias químicas, subscrito pela Fiequimetal, e a partir de Maio será introduzida uma grelha salarial, contemplando a progressão nas carreiras profissionais.
A Orica comprometeu-se a corrigir as diferenças salariais entre trabalhadores que têm a mesma categoria profissional e desempenham as mesmas funções.
Passa a vigorar, para todos os trabalhadores, um seguro de vida, no valor mínimo de 25 mil euros, e mantém-se, sem qualquer custo para os trabalhadores, o seguro de saúde (que também abrange os familiares).
Para o SITE Sul «este acordo é a prova evidente de que vale sempre a pena lutar».

 



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