A Casa dos Comuns (parlamento) aprovou, dia 1, a proposta de lei que autoriza o governo britânico a accionar o artigo 50.º e assim lançar as negociações de saída.

O diploma foi votado favoravelmente por 498 deputados, e 114 pronunciaram-se contra.

Tanto a bancada dos conservadores como grande parte dos deputados trabalhistas deram o seu apoio ao projecto. No entanto, 47 trabalhistas desafiaram a disciplina de voto imposta pelo seu líder, Jeremy Corbyn, e votaram contra, ao lado do Partido Nacionalista Escocês e da maioria dos liberais-democratas.

No dia seguinte, o governo de Theresa May apresentou o chamado «livro branco», que apresenta as linhas gerais da estratégia do «brexit».

O documento, de 77 páginas, retoma no essencial os 12 objectivos já expostos pela primeira-ministra, no seu discurso de 17 de Janeiro.

A prioridade é «recuperar o controlo» da imigração, mantendo ao mesmo tempo «o melhor acesso possível» ao mercado da União Europeia.

O «livro branco» afirma também que o Reino Unido vai procurar assegurar «a cooperação mais próxima possível em questões chave como a segurança, a política externa, a ciência e a tecnologia».