O governo conservador polaco lançou-se num polémico projecto de reforma do sistema de educação, que está a suscitar a oposição de estudantes e professores.

O gabinete da primeira-ministra Beata Szydlo propõe-se reformar «a fundo» o sistema, que considera como um dos pilares do país.

A reforma elimina o Ensino Secundário, ameaçando à partida o posto de trabalho de milhares de docentes, e estabelecerá novos programas em todos os cursos e níveis de ensino com o objectivo declarado de «formar novos polacos, mais bem-educados».

Segundo relata a enviada especial a Varsóvia do El País, na edição de dia 4, os alunos mais novos aprenderão prioritariamente a história do país, através poesias. E entre os autores escolhidos estão vários que glosaram a vida e os «milagres» do antigo primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski, actual líder do partido Direito e Justiça, no poder, e irmão gémeo do falecido presidente polaco, Lech Kaczynski.

Os estudantes já deram o primeiro sinal de contestação, saindo nas últimas semanas à rua, enquanto a oposição acusa o governo de, através da reforma, pretender afastar professores «inconvenientes», sector que lhe é hostil, e formar cidadãos dentro da ideia tradicional do Estado e família.