Alemanha regista excedente recorde

A balança corrente da Alemanha (saldo das trocas externas de bens, serviços e transferências diversas) teve um excedente recorde de 278 mil milhões de euros em 2016.

Segundo o instituto económico de Munique Ifo, citado dia 1 pelo jornal Le Monde, o superavit germânico foi superior ao da China, que se terá situado em 245 mil milhões de dólares no ano passado, em ligeira queda devido à diminuição das exportações chinesas.

A Alemanha ostenta assim o maior excedente externo do mundo, que representa 8,6 por cento do seu Produto Interno Bruto.

Vários economistas citados pela mesma fonte consideram que este colossal superavit é em parte o responsável pelo crescimento anémico europeu.

Reflectindo o peso da indústria no PIB alemão e o dinamismo das exportações germânicas, o saldo da balança corrente resulta ainda dos rendimentos dos investimentos efectuados no estrangeiro.

Porém, se antes da crise boa parte desses investimentos era efectuada na zona euro, nomeadamente em Espanha, contribuindo assim para o desenvolvimento da chamada bolha imobiliária, após a eclosão da crise, a banca alemã reorientou a suas aplicações para países europeus fora da zona euro ou noutras regiões do mundo, em particular, na Ásia.

 



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