Greve forte nos SAMS

A greve dos tra­ba­lha­dores dos Ser­viços de As­sis­tência Mé­dico-So­cial (SAMS) do Sin­di­cato dos Ban­cá­rios do Sul e Ilhas, ontem, co­meçou com 100 por cento de adesão nos ser­viços de ur­gência do hos­pital, re­gis­tando-se igual­mente adesão total no ser­viço de fi­si­o­te­rapia do centro clí­nico. Um re­pre­sen­tante das or­ga­ni­za­ções sin­di­cais que con­vo­caram a luta adi­antou à agência Lusa, ao fim da manhã de quarta-feira, que foram cum­pridos os ser­viços mí­nimos. Rui Mar­roni lem­brou que está em causa o ataque da di­recção do SBSI às con­ven­ções co­lec­tivas de tra­balho em vigor nos SAMS, a par da de­gra­dação das con­di­ções de tra­balho.

O di­ri­gente sin­dical ex­plicou que, em No­vembro, quando se soube que foi re­que­rida a ca­du­ci­dade das con­ven­ções co­lec­tivas, os tra­ba­lha­dores re­sol­veram avançar para a greve. «Esta si­tu­ação re­voltou e in­dignou os tra­ba­lha­dores, porque não faz qual­quer sen­tido uma es­tru­tura que é um sin­di­cato estar a acabar com a con­tra­tação co­lec­tiva numa sua ins­ti­tuição», disse Rui Mar­roni.

Cri­ticou ainda o en­cer­ra­mento de uni­dades dos SAMS (a ur­gência pe­diá­trica, uma clí­nica em Se­túbal e vá­rias con­sultas es­pa­lhadas pela área ge­o­grá­fica do âm­bito do SBSI), ale­gando falta de ren­ta­bi­li­dade e falta de utentes. Para os tra­ba­lha­dores e seus sin­di­catos, tal mo­tivo é «es­tranho». Há um ano, o an­te­rior pre­si­dente da co­missão exe­cu­tiva dos SAMS (ac­tual mi­nistro da Saúde) dizia que tinha ha­vido um acrés­cimo de utentes, a fac­tu­ração al­can­çara nú­meros nunca atin­gidos antes e havia grande fluxo de pes­soas aos ser­viços», re­cordou o porta-voz.

A luta foi con­vo­cada, após ple­ná­rios de tra­ba­lha­dores, pelos sin­di­catos do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços de Por­tugal, dos En­fer­meiros Por­tu­gueses, dos Mé­dicos da Zona Sul, dos Téc­nicos Su­pe­ri­ores de Saúde, dos Pro­fis­si­o­nais de Far­mácia e Pa­ra­mé­dicos, e dos Fi­si­o­te­ra­peutas Por­tu­gueses.

 



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