Greve na Solnave
Pelo pagamento regular de salários, no prazo legal, as trabalhadoras da Solnave que asseguram o serviço de alimentação dos hospitais da Guarda e de Seia fizeram greve, com adesão total, no dia 2, quarta-feira, e estiveram concentrados à porta da unidade hospitalar da capital do distrito, informou o Sindicato da Hotelaria do Centro, da Fesaht/CGTP-IN.
Perante os constantes atrasos patronais no pagamento das remunerações, os trabalhadores tinham decidido realizar este protesto, caso não recebessem até ao fim da manhã de dia 1.
A direcção regional do PCP, que manifestou a solidariedade do Partido com esta luta, revelou que os salários de Setembro só foram pagos a 13 de Outubro. Referiu ainda, numa nota enviada à nossa redacção, que a administração do hospital recorreu aos serviços de outra empresa, no dia da greve, o que justificou uma queixa do sindicato à Autoridade para as Condições do Trabalho.
Enfermeiros
A falta de 95 enfermeiros na Unidade Local de Saúde da Guarda (dois hospitais e 13 centros de saúde) está a provocar desgaste físico e desmotivação. Ao lançar este alerta, em conferência de imprensa, no dia 4, a direcção regional da Beira Alta do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exigiu maior investimento no Serviço Nacional de Saúde e a imediata contratação de profissionais. Há uma dívida acumulada de 14 mil horas de trabalho a mais, realizado e não pago, o que representa uma média de 95 horas por mês e por enfermeiro, afirmou um dirigente do SEP/CGTP-IN, citado pela agência Lusa.