Manifestação e greve dos guardas-florestais

A floresta precisa

No dia 8, os guardas-flo­res­tais es­ti­veram em luta. São hoje pouco mais de três cen­tenas, mos­tram-se re­vol­tados e dis­cri­mi­nados, mas re­cusam a ex­tinção da pro­fissão, ne­ces­sária à de­fesa da flo­resta.

A for­mação e a ex­pe­ri­ência res­pondem a fun­ções es­pe­cí­ficas

LUSA

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Em Lisboa, ao fim da manhã de quinta-feira da se­mana pas­sada, uma cen­tena de guardas-flo­res­tais reuniu-se no Largo do Carmo, junto do co­mando-geral da GNR, para se­guirem, em ma­ni­fes­tação, até ao Ter­reiro do Paço, frente ao Mi­nis­tério da Ad­mi­nis­tração In­terna, gri­tando «Há mais fogos flo­res­tais sem os guardas-flo­res­tais», «A flo­resta em Por­tugal só com os guardas-flo­res­tais» e ou­tras pa­la­vras de ordem.

Uma greve de 24 horas, con­vo­cada para per­mitir a par­ti­ci­pação neste pro­testo, teve ní­veis de adesão de 70 a 80 por cento, como adi­antou à agência Lusa um di­ri­gente da Fe­de­ração Na­ci­onal dos Sin­di­catos dos Tra­ba­lha­dores das Fun­ções Pú­blicas e So­ciais. Luís Pesca re­a­firmou que foi «um erro» a de­cisão de ex­tin­guir o Corpo Na­ci­onal da Guarda-Flo­restal, há dez anos, e in­te­grar os seus cerca de 400 ele­mentos no Ser­viço de Pro­tecção da Na­tu­reza e do Am­bi­ente (SEPNA) da Guarda Na­ci­onal Re­pu­bli­cana.

Por outro lado, voltou a des­tacar, «a im­por­tância dos guardas-flo­res­tais na pre­venção e fis­ca­li­zação dos fogos flo­res­tais, no cál­culo das áreas ar­didas, na fis­ca­li­zação da caça e pesca», como a fe­de­ração da CGTP-IN tem feito desde 2006 – e, com mais ve­e­mência, desde o pas­sado dia 17 de Agosto, quando o se­cre­tário de Es­tado da Ad­mi­nis­tração In­terna ex­cluiu qual­quer hi­pó­tese de ne­go­ci­ação das rei­vin­di­ca­ções apre­sen­tadas em De­zembro de 2015.

Além da re­vo­gação da ex­tinção da car­reira, a fe­de­ração de­fende a equi­pa­ração destes pro­fis­si­o­nais aos ele­mentos das forças po­li­ciais, atri­buindo-lhes su­ple­mentos re­mu­ne­ra­tó­rios de acordo com as fun­ções que de­sem­pe­nham.

No SEPNA, de­vido ao valor destes su­ple­mentos, a di­fe­rença de re­mu­ne­ração entre os guardas-flo­res­tais e os «mi­li­tares» da GNR chega quase a 400 euros, disse Luís Pesca.

 



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