Em luta pelo pagamento dos salários em atraso, os trabalhadores da Soares da Costa voltam hoje a Lisboa, concentrando-se na Praça Luís de Camões, a partir das 14h30. Esperam ser recebidos pelo ministro da Economia, a quem foi pedida audiência.

Ao confirmar ontem esta jornada, a CGTP-IN expressou «a mais profunda solidariedade» a estes operários que, «mesmo vendo a degradação contínua das suas condições de vida, não desistem de salvar os seus postos de trabalho e a sua empresa».

Para a Intersindical Nacional, é «inaceitável que a chaga dos salários em atraso se tenha voltado a instalar no País, num claro clima de impunidade, que é preciso repudiar». A central considera que «o drama dos trabalhadores da Soares da Costa está profundamente ligado à falta de investimento público e aos constrangimentos externos, decorrentes dos limites do défice e da dívida, impostos pela União Europeia e seus instrumentos, designadamente o Tratado Orçamental». A Inter conclui que «fica cada vez mais claro que os trabalhadores e o País não terão futuro sem a renegociação da dívida e a rejeição do Tratado Orçamental».