«Continua a falta de explicação do IEFP para o mistério do recuo do número de desempregados registados, num quadro em que o número de inscritos se mantém elevado», protestou a União dos Sindicatos de Aveiro (CGTP-IN), ao divulgar a sua análise mensal da situação do desemprego no distrito, onde há anos é denunciado este problema.
Na nota divulgada dia 4, sobre os números de Maio, a USA assinala que, nos primeiros cinco meses de 2016 inscreveram-se 16 630 desempregados nos centros de emprego do distrito (uma média mensal de 3326 novos desempregados).
Em Maio, os dados do IEFP referem a inscrição de 4324 trabalhadores sem emprego, mas registam igualmente uma diminuição de 2091 desempregados em relação ao mês anterior.
Ora, somando os 4324 inscritos de Maio aos 32 949 desempregados registados em Abril, obtém-se 37 273. Mas o IEFP conta somente 30 858, e «ninguém explica o que se passou com 6415 desempregados», desaparecidos nos números de Maio.
«Não se percebe por que artes mágicas o IEFP consegue resolver a contradição de reduzir o número de desempregados registados, quando o número de inscritos continua elevado e os dados por si divulgados mostram que no mês em analise foram colocados só 994 desempregados», protesta a União.
O mistério mantém-se nos valores acumulados: de Janeiro a Maio inscreveram-se 16 630 desempregados e, em Dezembro, estavam registados 33 606, o que perfaz um total de 50 236, número que representa mais 19 378 do que os 30 858 indicados pelo IEFP. A diferença substancial verifica-se ao fim de apenas cinco meses, salienta a USA.