Garantir a produção na Cimpor

O PCP exige que o Governo intervenha para impedir a implementação do lay-off na unidade de Loulé da Cimpor, possibilidade que tem vindo a ganhar força. Num comunicado de dia 27 de Junho, a Direcção da Organização Regional do Algarve do Partido alerta para as consequências da entrada em vigor desta medida, e desde logo para a paragem da produção e consequente redução dos salários dos trabalhadores (que passariam a ser pagos, no essencial, pela Segurança Social).

Para o PCP, o lay-off, «podendo responder aos interesses de maximização do lucro por parte dos accionistas da empresa, não responde nem aos interesses da região nem do País». Na verdade, acrescenta, trata-se de uma situação inseparável do processo de privatização da Cimpor, iniciado em 1994 e prosseguido por sucessivos governos do PS e PSD. Combatida desde o início pelo PCP, a privatização da Cimpor determinou que aquele que chegou a ser o mais importante grupo industrial português «esteja hoje nas mãos de um grupo económico brasileiro, Camargo Correa, com uma estratégia e objectivos que nada têm a ver com os interesses nacionais».

Lembrando que o grupo económico no qual se integra a Cimpor registou mais de 500 milhões de euros de lucros e conta com 39 fábricas de cimento espalhadas pelo mundo, três das quais em Portugal, o PCP considera inaceitável a interrupção da produção em Loulé, onde trabalham mais de 200 pessoas. O Partido realça ainda os impactos que um eventual encerramento da fábrica teria, por exemplo, no movimento de cargas do porto de Faro.

Para defender o aparelho produtivo nacional e o emprego, o Partido defende medidas como a diversificação de clientes e mercados, a modernização e investimento na produção e a valorização dos direitos e condições de trabalho, «num quadro em que deve ser ponderada a recuperação do controlo público da produção desta matéria-prima» estratégica.




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