Avançar no comércio

O novo Contrato Colectivo de Trabalho para as empresas da grande distribuição, concluído dia 16, revê salários e obriga a sua aplicação com efeitos a 1 de Janeiro, congratulou-se o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal. O CESP informa ainda que «foi requerida a portaria de extensão para que os novos salários se apliquem a todos no sector».

Para Setembro ficou agendada nova ronda negocial com o patronato, «motivo acrescido para os trabalhadores das logísticas prosseguirem a luta pela equiparação da [sua] carreira profissional à dos operadores de supermercado», assim como pela aplicação de «uma tabela única».

A discriminação laboral foi alvo de um outro comunicado recente do CESP, no qual denuncia que o Grupo Jerónimo Martins/Pingo Doce se recusa a discutir o caderno reivindicativo. Os abusos patronais são um flagelo no sector do comércio e serviços, tem vindo a sublinhar o CESP. Caso da Ouro Vivo, onde não se respeita direitos e salários; da DHL-Alverca, onde imperam às más condições de trabalho se juntam os horários desregulados; ou da FNAC, onde desde o início do mês vários trabalhadores têm sido pressionados a aceitar o despedimento por extinção do posto de trabalho. Na Minipreço da Charneca da Caparica, os trabalhadores que aderiram à greve convocada no Dia do Trabalhador têm sido transferidos de loja, alerta o organismo para o Sector do Comércio da Concelhia de Almada do PCP.




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