Um voto de solidariedade apresentado pelo PCP com os povos da América Latina e Caraíbas «vítimas de acções de ingerências e desestabilização», como se titula no texto, foi aprovado pelo Parlamento em três dos seus cinco pontos.

Rejeitados, com os votos contra de PS, PSD e CDS, foram o ponto dois, onde se afirmava o repúdio pelo «processo que procura levar à destituição da presidente Dilma Rousseff no Brasil», e o ponto três onde se lia que a AR «repudia acções que visam a desestabilização política, económica e social, como as exercidas sobre a República Bolivariana da Venezuela, assim como tentativas de fazer fracassar o processo de paz na Colômbia».

Além de PCP, BE, PEV e PAN (que se absteve em três dos cinco pontos), também outros nove deputados do PS votaram a favor do documento no seu ponto dois.

Nos pontos aprovados saúda-se os deputados da América Latina e das Caraíbas e do Parlamento Europeu que estiveram presentes no nosso País, entre 16 e 18 de Maio, na reunião realizada na AR da Assembleia Parlamentar Euro-Latina (EUROLAT), sendo também saudado o diálogo estabelecido entre a UE e Cuba, saudação acompanhada da exortação ao Conselho Europeu para que ratifique a «revogação da Posição Comum sobre Cuba de 1996».

Saudadas no voto são ainda as «forças democráticas e progressistas que em cada país se opõem à ingerência externa e afirmam o direito dos povos a decidirem o seu futuro e caminho de desenvolvimento, defendendo a soberania nacional, a democracia, o progresso e a paz».