CGTP-IN e MUSP em acção conjunta

Investir na Linha de Cascais

Uma tribuna pública pela modernização da Linha de Cascais e em defesa do serviço público de transportes alertou para a urgência de travar a degradação de um dos troços mais rentáveis da CP.

É urgente tomar medidas para travar a degradação

A iniciativa, que encerrou com uma intervenção do Secretário-geral da CGTP-IN, teve lugar no dia 17, quarta-feira, a partir das 17 horas, no Cais do Sodré, junto às estações do caminho-de-ferro e do Metro. Desde manhã, em dez estações da CP na «Linha», foi distribuído um comunicado à população.

Esta jornada de esclarecimento e informação, mas também de mobilização para a acção confluente de trabalhadores e utentes, foi promovida pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e pela União dos Sindicatos de Lisboa – organizações que integram a CGTP-IN – e pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).

Ao chamarem a atenção para o problema da degradação da Linha de Cascais, as estruturas promotoras desta acção salientaram a sua importância:
é uma das linhas mais rentáveis da CP,
é o único transporte público estruturante, para os trabalhadores e a população dos concelhos de Oeiras e Cascais,
e assume particular importância para a zona ocidental da cidade de Lisboa.

Quando cresce o número de trabalhadores com horários atípicos (a tempo parcial, por turnos e outras modalidades), cuja jornada de trabalho decorre fora das «horas de ponta», a alteração dos horários dos comboios que a CP impôs no início de 2015 foi altamente prejudicial. A USL refere, na nota que publicou sobre a tribuna pública, o facto de, fora das horas de maior movimento, todos os comboios terem passado a parar em todas as estações, o que representa mais onze minutos por viagem, perfazendo mais 22 minutos por dia gastos no trajecto casa-trabalho-casa. Ao fim-de-semana significa quase duas horas.

Para a modernização da Linha de Cascais, numa perspectiva de defesa do serviço público de transportes, é urgente realizar investimento, para assegurar a mobilidade e a segurança de trabalhadores e utentes.

No comunicado que dirigentes e activistas distribuíram ao longo do dia, critica-se o facto de a modernização ter sido novamente adiada, agora para 2021, segundo o Plano de Investimento Ferroviário que o Governo apresentara na semana anterior. Recordando que os governos anteriores tinham já atrasado e anulado esses investimentos, e que «os fundos comunitários existem e estão até a ser desperdiçados, critica-se o facto de que, «enquanto os diferentes interesses económicos se movimentam na sombra e competem entre si para saber quem vai apropriar-se de mais fundos públicos, o investimento vai sendo adiado e as populações são prejudicadas» e «a Linha de Cascais continua a degradar-se e a transformar-se num inferno para utentes e trabalhadores».

«O que é necessário fazer» é sintetizado em três pontos:
lançamento imediato do projecto de modernização da infra-estrutura;
lançamento imediato do concurso para aquisição de material circulante;
adopção de medidas efectivas de manutenção do material circulante actual, para prolongar a sua vida até ao final das obras (para tal ouvindo, por exemplo, as sugestões que os ferroviários têm apresentado e as administrações têm ignorado).

Fórum Ferroviário

A Fectrans informou, no dia 19, que decidiu corresponder ao apelo das comissões de trabalhadores do sector (CP, CP Carga, EMEF e IP, onde está integrada a Refer) e vai participar no segundo Fórum Ferroviário que estas estão a organizar e que, sob o lema «Ferrovia – Regresso ao Futuro», vai ter lugar no auditório da IP, no Pragal, no dia 3 de Março.

 



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