Haja Dia do Sargento
A Associação Nacional de Sargentos, destacando a amplitude das comemorações dos 125 anos da revolta de 31 de Janeiro, manifesta confiança na aprovação do Dia Nacional do Sargento, proposta na AR pelo PCP.
O tempo histórico que se vive é propício à consagração deste Dia Nacional
As comemorações promovidas pela ANS prolongaram-se por mais de duas semanas e contaram com a participação de mais de mil e duzentos sargentos no activo, na reserva ou reformados, refere-se num comunicado de dia 12.
O programa com que a associação voltou a assinalar o aniversário da revolta republicana no Porto, em 1891, iniciou-se a 21 de Janeiro, no Sobreiro (Barosa, com o núcleo de Monte Real e Leiria) e fechou a 5 de Fevereiro, em Castelo Branco, sendo preenchido com iniciativas no Porto, no Funchal, em Lisboa, nas Lajes, em Tavira, Abrantes, Ponta Delgada, Chaves, Estremoz, Sintra, Vendas Novas, Entroncamento, Lamego (núcleo que inclui Vila Real), Viseu, Monchique e Beja.
Além destas iniciativas de confraternização, em que participaram dirigentes e delegados da ANS e «mais de 1200 sargentos», a associação realça que «em muitas messes, clubes e refeitórios de diversas unidades, estabelecimentos ou órgãos militares dos três ramos das Forças Armadas, milhares de sargentos assinalaram o seu dia» e contaram, «em inúmeros casos, com a presença dos respectivos comandantes (oficiais generais e oficiais superiores), numa prática cada vez mais comum, claramente demonstrativa do espírito de coesão e disciplina cada vez mais evidenciado na comemoração do “31 de Janeiro – Dia Nacional do Sargento”».
Tratou-se de uma «jornada de elevada consciência de classe, de grande demonstração de unidade, coesão e disciplina, e disponibilidade para lutar pelos seus direitos», considera a ANS.
A associação regista que foi entregue a 20 de Janeiro, na Assembleia da República, um projecto de resolução do grupo parlamentar do PCP, para «consagrar o 31 de Janeiro como Dia Nacional do Sargento e recomendar ao Governo que, em colaboração com as Forças Armadas Portuguesas e com as associações representativas dos sargentos, promova em cada ano iniciativas destinadas a assinalar essa data, salientando o seu significado histórico e enaltecendo o papel dos sargentos e os serviços por estes prestados às Forças Armadas e ao País». Acerca desta iniciativa parlamentar, a ANS acredita que «o tempo histórico e o quadro» actuais são «propícios à sua aprovação, através da obtenção de um largo consenso entre os vários grupos parlamentares, como é desejável, não só para este projecto de resolução, como para todas as matérias do foro das Forças Armadas e da Defesa Nacional».
Clube
O 41.º aniversário do Clube do Sargento da Armada foi assinalado esta segunda-feira, dia 22, com uma sessão solene, à noite, na sede social, em Alfama, onde se reuniram dezenas de associados e diversos convidados, entre os quais eleitos de autarquias locais e representantes das associações sócio-profissionais de militares, Associação Conquistas da Revolução, Associação 25 de Abril e colectividades populares. No acto participou o almirante chefe do Estado-Maior da Armada.