DOR Porto pelo desenvolvimento
«O desenvolvimento regional é inseparável da propriedade e gestão inteiramente públicas da TAP», destacou a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, num comunicado de dia 18. Reagindo ao anúncio da decisão de cancelamento de ligações entre o Porto e outras cidades europeias, a DORP vê «apenas mais um grave exemplo das consequências da decisão de privatizar a TAP», num «rumo de destruição».
Esta é uma «dramática realidade» que comprova «a necessidade de anular a privatização ilegal da TAP, em vez de a legitimar, como tenta agora fazer o Governo PS».
Dos órgãos metropolitanos do Porto, o Partido reclama «uma posição clara de defesa dos interesses da Área Metropolitana e de recusa da privatização, elementos inconciliáveis com os interesses do grupo económico que gere a TAP». A «apatia» do Conselho Metropolitano explica-se porque está «aprisionado por interesses distintos dos da região».
O presidente da Câmara Municipal do Porto é acusado de «explorar e instrumentalizar justos descontentamentos» da população, «discriminada e maltratada por sucessivos governos». A DORP recorda que, ainda em Abril do ano passado, Rui Moreira disse publicamente que a TAP «não é estrutural para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro nem para a região, nem a região parece ser estrutural para a TAP» e que isso «é um problema do Governo, não é um problema nosso». Para o PCP, «é clarificador» o facto de o presidente da CM Porto continuar a desvalorizar e secundarizar a principal questão, de fundo, ou seja, «a necessidade de anular a privatização e afrontar os interesses do grupo económico a que o PSD/CDS entregou de forma ilegal e ilegítima esta empresa estratégica nacional».