Defender o Ensino Artístico
A Direcção da Organização Regional da Guarda do PCP emitiu um comunicado em que dá conta da proposta entregue na Assembleia da República, no dia 11, pelo grupo parlamentar comunista em defesa do Ensino Artístico. Nesse projecto de resolução, o Partido recomenda ao Governo a adopção de medidas urgentes para o financiamento às escolas especializadas de música e dança de modo a ficar assegurada a sua estabilidade.
No comunicado que está a distribuir, o PCP lembra as dificuldades que o ensino artístico especializado tem atravessado nos últimos anos, fruto do desinvestimento público. Em 2015, denuncia-se, a situação «tornou-se dramática», com professores de vários conservatórios de música e academias com salários em atraso, alguns desde Abril. Há também docentes forçados a trabalhar em part-time, depois das aulas, em restaurantes, táxis e outros serviços e escolas a fechar. Muitas crianças ficam, assim, privadas de dar seguimento aos seus estudos artísticos.
A região não foge à tendência nacional, realça o Partido. Muito embora se tenha conseguido, até ao momento, «segurar os constrangimentos financeiros», o Conservatório de Música da Covilhã tem já casos de salários em atraso e noutras instituições o «colapso parece estar eminente». A responsabilidade por esta dramática situação, realça o PCP, é do governo do PSD/CDS.
Os comunistas exigem a célere agilização do pagamento das verbas devidas a cada escola e aos profissionais. O PCP continuará a bater-se por um «modelo de financiamento adequado a todas as realidades, no contexto de cada escola e do País», tendo em conta cada uma das regiões, o número de alunos, o regime de frequência e o nível de ensino. É ainda urgente «repensar a oferta de escolas públicas», claramente insuficientes nas regiões do interior.