Jornada pela escola pública em Itália

União pela educação

Milhares de docentes e estudantes manifestaram-se, no sábado, 24, em toda a Itália, contra a reforma da educação, conhecida como «La buona scuola».

Professores exigem estabilidade e salários dignos

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Sob o lema, «A união faz a educação», as manifestações foram convocadas por seis estruturas sindicais do sector, designadamente Cgil, Cisl, Uil, Confsal, Gilda e Cobas, que admitem realizar uma greve no sector em Novembro.

Em defesa da escola pública, as acções promovidas em 18 cidades exigiram uma profunda alteração da Lei 107, aprovada este Verão, que estabelece os princípios do que o governo de Matteo Renzi considera ser «a boa escola».

Na realidade docentes e estudantes contestam as competências reforçadas dos directores dos estabelecimentos, agora com mais poder para contratar e despedir professores, bem como as condições precárias da contratação de professores, cuja admissão nos quadros está congelada há sete anos.

Se é certo que ao abrigo da nova lei foram contratados mais de 100 mil docentes, a falta de estabilidade de emprego mantém-se para a grande maioria. Por isso, nas ruas e praças de Itália, os sindicatos e professores reclamaram contratos sem termo para todos os docentes com mais de 36 meses de serviço.

Em seu favor, lembraram uma recente sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia que considerou deplorável a situação de milhares de docentes com competências e qualificações, eternamente contratados a prazo.

Os docentes qualificam de humilhante a «oferta» de um aumento salarial de oito euros por mês, prevista no Orçamento do Estado para 2016.

Esta jornada nacional foi precedida de vários protestos organizados nas últimas semanas por estudantes e professores.

Logo a 9 deste mês, realizaram-se por toda a Itália cerca de 90 manifestações contra a aplicação das novas reformas, que nas universidades se traduziu em reduções dos apoios ao alojamento e das bolsas de estudo. Esta série de protestos prolongou-se até dia 17.




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