Estatísticas do INE confirmam

Migalhas não mitigam ruína

O PCP con­si­dera que o cres­ci­mento da eco­nomia por­tu­guesa con­tinua a ser muito in­su­fi­ci­ente para re­cu­perar da brutal des­truição cau­sada pelo pacto de agressão im­posto pelas troikas, que veio agravar a po­lí­tica de di­reita tor­nando ainda mais ur­gente a rup­tura.

Cres­ci­mento do PIB seria de umas dé­cimas sem con­jun­tura ex­tra­or­di­nária

Re­a­gindo à di­vul­gação pelo Ins­ti­tuto Na­ci­onal de Es­ta­tís­tica (INE) dos dados re­fe­rentes ao cres­ci­mento do Pro­duto In­terno Bruto (PIB) no se­gundo tri­mestre deste ano, Jorge Pires qua­li­ficou-o como «cla­ra­mente in­su­fi­ci­ente». Com efeito, frisou em de­cla­ra­ções à co­mu­ni­cação so­cial, sexta-feira, 14, o au­mento de 1,5 por cento em termos ho­mó­logos re­vela-se ané­mico se se tiver em conta «que o País viveu um pe­ríodo re­ces­sivo muito longo», de entre o qual se des­tacam dez tri­mes­tres de quebra do PIB con­se­cu­tivo.

Para su­bli­nhar a jus­teza da apre­ci­ação do Par­tido, o membro da Co­missão Po­lí­tica do PCP chamou igual­mente a atenção para o facto de a eco­nomia na­ci­onal ter con­traído «qual­quer coisa como 6,5 por cento entre 2011 e 2014».

Jorge Pires re­feriu, no mesmo sen­tido, que o en­qua­dra­mento dos nú­meros di­vul­gados pelo INE na re­cente con­jun­tura in­ter­na­ci­onal ex­tra­or­di­nária, menos pe­na­li­za­dora para as eco­no­mias pe­ri­fé­ricas, mos­tram o em­po­la­mento da cha­mada «re­toma», a que o Go­verno PSD/​CDS se re­fere com alarde. Não fora «a queda do preço do pe­tróleo – quase 50 por cento desde o início do se­gundo se­mestre do ano pas­sado –, as baixas taxas de juro e a des­va­lo­ri­zação do euro face ao dólar em cerca de 20 por cento», e o cres­ci­mento da eco­nomia na­ci­onal ficar-se-ia, na ver­dade, por «umas dé­cimas», de­ta­lhou.

O PCP in­siste, por isso, na ne­ces­si­dade de al­te­ração «desta po­lí­tica eco­nó­mica» e na sua subs­ti­tuição por outra capaz de im­pul­si­onar «um cres­ci­mento vi­go­roso», para o qual são de­ter­mi­nantes «a cri­ação de postos de tra­balho, em termos lí­quidos», a «va­lo­ri­zação do tra­balho e das re­mu­ne­ra­ções como forma de fazer crescer o mer­cado in­terno», e a «va­lo­ri­zação da pro­dução na­ci­onal». Tudo «pro­postas de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda in­cluídas no Pro­grama Elei­toral do PCP, que temos vindo a di­vulgar junto dos por­tu­gueses», con­cluiu.

 



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