Desafios de paz
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) promoveu no dia 17, em Lisboa, uma sessão pública evocativa do 65.º aniversário do Conselho Mundial da Paz (CMP), cuja criação remonta aos anos de 1949-1950. A mesa da sessão, realizada no auditório da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, era composta pela presidente do CMP, Socorro Gomes, Ilda Figueiredo, em representação do CPPC, e o jornalista José Goulão. Na plateia encontravam-se representantes de diversas organizações e movimentos que, com o CPPC, se envolvem activamente na luta pela paz.
Na sua intervenção, a presidente do Conselho Mundial da Paz sublinhou as características do movimento e chamou a atenção para a sua actualidade e necessidade, tendo em conta as ameaças e os perigos que a actual situação internacional comporta. Socorro Gomes realçou ainda a importância de processos progressistas, como aqueles que actualmente se desenvolvem em muitos países da América Latina, para travar o passo à agressividade do imperialismo.
Ilda Figueiredo, por seu lado, partiu do contexto em que nasceu o CMP para realçar a necessidade de contestar os grandes exercícios militares da NATO previstos para Portugal, Espanha e Itália entre Setembro e Novembro deste ano, envolvendo milhares de homens e armamento avançado. A presidente da direcção do CPPC valorizou a Constituição da República Portuguesa e o que ela transporta de defesa da paz, solidariedade e cooperação entre os povos.
José Goulão centrou-se sobretudo nos riscos de guerra e na importância do CMP para os minimizar e afastar.