Tantos e com tantas razões
Intervindo em nome da Juventude CDU, Alma Rivera iniciou a sua breve intervenção valorizando a presença de «muitos milhares de jovens nesta grande marcha. Somos tantos e por tantas razões». Se os jovens acorreram em grande número foi porque ««não temos trabalho e nos mandaram emigrar», porque «pagamos propinas, perdemos a bolsa de estudo, porque as nossas escolas não tiveram obras e há falta de funcionários e professores».
Se os estudantes têm razões de sobra que dizer dos jovens trabalhadores que, também eles, participaram em grande número na Marcha – quer integrados na Juventude CDU quer, muitos deles, empunhando panos de empresas e sectores profissionais. Assim, acrescentou Alma Rivera, muitos dos que desceram a Avenida da Liberdade, no passado sábado, fizeram-no por estarem «fartos de estágios atrás de estágios, gratuitos ou mal pagos, fartos de girar entre a precariedade e o desemprego». Em suma, sublinhou, «marchamos hoje porque nos querem destruir o presente e roubar o futuro».
Assim, realçou a representante da Juventude CDU, «estamos cá todos porque sabemos o que queremos. Não temos medo. Queremos o que é nosso e não estamos dispostos a engolir a injustiça». Estudantes dos vários graus de ensino e trabalhadores dos mais variados sectores são, todos, «vítimas da política de direita que nos é servida na bandeja da inevitabilidade», garantiu Alma Rivera, acrescentando: «Podem repeti-lo mil vezes! Não, não estamos melhor.»
Em suma, garantiu a representante da Juventude CDU, «somos muitos milhares hoje em luta e em marcha pelo direito à educação pública, gratuita e de qualidade; viemos aqui dizer que queremos que o Ensino Superior não seja um luxo para as elites; estamos nesta marcha porque temos direito a viver e crescer no nosso País. E sabemos que temos direito ao trabalho, e ao trabalho com direitos».