Naufrágios no Mediterrâneo
A JCP, em nota de imprensa divulgada no dia 27, expressa a sua solidariedade para com os povos do continente africano «forçados a fugir da guerra, da fome e da miséria» e manifesta «profundo pesar pela morte de milhares de pessoas nos naufrágios no Mediterrâneo».
Os jovens comunistas lembram que os naufrágios no Mediterrâneo, que «não são de agora» e «já vitimaram dezenas de milhares de pessoas», são «fruto do sistema capitalista e das suas grandes potências», como a União Europeia (UE) e a NATO, que agora se dizem «alarmadas» e «preocupadas», mas que, na prática, «promoveram e continuam a promover a desestabilização de vários países, ou seja, são causadores desta situação dramática».
No documento, a JCP critica e condena «a resposta cínica da UE e de vários governos que escondem as verdadeiras razões da imigração em massa destes povos e que desresponsabilizam o papel do sistema capitalista e do imperialismo nas últimas tragédias no Mar Mediterrâneo», ao não darem «uma resposta que resolva os problemas que estão na origem desta situação», nem aplicarem «quaisquer medidas de protecção efectiva destas pessoas». «Pelo contrário, a resposta que apresentaram aprofunda uma visão securitária da imigração, que irá agravar esta situação, e potencia a ascensão de forças xenófobas, racistas de extrema-direita», denunciam os jovens comunistas.