Evocação e perspectiva

O Organismo dos Bancários de Lisboa do PCP evocou, através de um comunicado que está a ser distribuído aos trabalhadores do sector, os 40 anos da nacionalização da banca – assumida no dia 14 de Março de 1975 pelo recém-criado Conselho da Revolução e pelo terceiro governo provisório, chefiado por Vasco Gonçalves. Para o Partido, a nacionalização do sector financeiro (que abrangeu também os seguros) correspondeu a uma «necessidade objectiva de defender o processo revolucionário» contra a sabotagem económica praticada pelos grupos monopolistas que dominaram e exploraram o povo sob a ditadura fascista.

A opção de nacionalizar a banca e os seguros correspondeu também aos «interesses dos trabalhadores e da generalidade do povo português», garante o Partido, lembrando a unidade dos bancários em torno dos seus sindicatos de classe e o papel determinante dos comunistas que laboravam no sector. A nacionalização, recorda-se no comunicado, permitiu que «muitos milhões e milhões de contos revertessem para o Orçamento de Estado e fossem utilizados no desenvolvimento económico do País e na prestação de serviços essenciais à população». Também permitiu que os bancários conquistassem direitos e garantias laborais e sociais – precisamente os mesmos que os governos PS, PSD e CDS, com as privatizações, têm vindo a restringir e liquidar.

Hoje, a situação é muito diferente da que os bancários tinham perante si no exaltante mês de Março de 1975, afirma-se no comunicado. A situação «catastrófica» em que o País e o sector se encontram exige uma ruptura política, com a qual será possível «perspectivar uma nacionalização da banca a favor dos trabalhadores e do povo e não dos banqueiros e do capital», como sucedeu com o BPN. Realçando que os princípios do sindicalismo unitário, democrático, de classe e de massas são hoje assumidos pelo SINTAF, o PCP garante que os seus militantes no sector «continuarão a colocar todas as suas capacidades e a dar o melhor do seu esforço na luta pelos interesses e direitos dos trabalhadores do sector financeiro, pela nacionalização da banca e a sua colocação ao serviço do desenvolvimento económico do País».




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