Mais de 30 mil estudantes pronunciaram-se contra a reforma universitária em Espanha, conhecida como «decreto 3+2», aprovado em 30 de Janeiro.

No final de um referendo, promovido entre os dias 10 e 12 nas seis universidades públicas da Comunidade de Madrid, 97,61 por cento dos votantes manifestaram-se contra as alterações que reduzem as licenciaturas de quatro para três anos e o aumento dos mestrados de um para dois anos.

Para a Plataforma Referendo 3+2, que organizou a consulta, os resultados obtidos não podem ser ignorados pelo ministro da Educação, José Ignacio Wert, e reforçam a luta pela revogação da lei.

«Este referendo não é o fim, mas o princípio de um ciclo de mobilizações», declarou Rodrigo Bazzano, um dos porta-vozes da plataforma.

O referendo incluía três perguntas: «Concordas ou não com a reforma 3+2?», «Consideras que a decisão foi tomada de forma democrática?» e «Consideras que é necessária uma reforma que garanta o direito à Educação pública?».

A primeira pergunta foi respondida negativamente por 97,6 dos votantes; a segunda por 98,1 por cento; e a terceira por 96,7 por cento.

Durante a consulta funcionaram 45 mesas de voto nas seis universidades. A maior participação verificou-se na Universidade Complutense de Madrid, onde votaram 18 mil jovens, ou seja, 22,3 por cento do total de estudantes.

Hoje, quinta-feira, os estudantes promovem uma concentração frente ao Ministério da Educação, transportando as urnas com os 30 mil votos contra a reforma de Wert.