A iniciativa tem lugar na Sala de Leitura Bernardo Santareno, em Santarém, às 21.30 horas, e conta com a presença de António Filipe, deputado do PCP na Assembleia da República.

Em comunicado à população, onde se apela à sua participação na audição pública, a Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP acusa o Governo de estar «a destruir o Serviço Nacional de Saúde» e reafirma que a «situação nas urgências hospitalares e a sua ruptura não é um problema pontual, é frequente, vem de há muito e tem vindo a agravar-se».

«Os elevados tempos de espera para o atendimento nos serviços de urgência ou a ausência de assistência médica adequada nos serviços de urgência têm causas e responsáveis: a política de saúde dos sucessivos governos», denuncia o Partido, lembrando que «faltam médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde», «as ambulâncias ficam paradas horas a fio à porta das urgências», «os hospitais de Abrantes e Santarém estão a rebentar pelas costuras e os doentes acumulam-se em macas nas urgências» e «os hospitais de Tomar e Torres Novas estão cada vez mais subaproveitados e com cada vez mais espaços encerrados», devido à reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo.

Agrava-se a situação

Relativamente à situação nos centros e extensões de saúde, o PCP constata, de igual forma, que «a situação piora de dia para dia», uma vez que «faltam médicos, enfermeiros e outros técnicos por todo o lado», «o número de utentes sem médico de família aumenta todos os dias», «os horários são reduzidos» e «os utentes são obrigados a deslocarem-se directamente para as urgências dos hospitais ou a recorrerem a serviços de saúde privados».

Restaurar freguesias
no distrito de Santarém

O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República cinco projectos de lei para restauração das freguesias da Lapa e Eira, no concelho do Cartaxo, e da Fajarda, Erra e Coruche, no concelho de Coruche.

Os projectos-lei, que têm como primeiro subscritor António Filipe, deputado do PCP eleito pelo distrito de Santarém, são assinados por mais nove deputados comunistas eleitos por vários círculos eleitorais, e consideram que a extinção de freguesias se envolveu em «falsos argumentos, como a eficiência e coesão territorial».