Trabalhadores não são descartáveis
Num comunicado dirigido aos mais de 150 trabalhadores subcontratados pela PT e pela Oi a empresas de «outsourcing» (como a Tempo Team/Randstad) que agora enfrentam o despedimento, o PCP apela à sua organização e luta em defesa dos postos de trabalho. «Os trabalhadores não podem ser material descartável», afirma-se no documento.
Há muito que o PCP vem acompanhando a situação dos trabalhadores subcontratados que respondem a necessidades permanentes das grandes empresas de telecomunicações: «Durante anos, centenas de trabalhadores são confrontados com a ausência de qualquer perspectiva de progressão e de estabilidade», a maioria dos quais passa dezenas de anos a realizar «exactamente a mesma função, ocupando o mesmo posto de trabalho contratado através de contratos temporários», denuncia o PCP, referindo ainda a permanente instabilidade quanto ao presente e ao futuro que tal situação invariavelmente provoca.
No mesmo comunicado, o PCP apela ainda à mobilização dos trabalhadores pela defesa da PT, cuja existência se encontra ameaçada. O Partido rejeita em absoluto que o Governo afirme não poder intervir na PT por esta ser uma empresa privada, lembrando a presença do Estado no fundo de resolução que gere o chamado Novo Banco para impedir, «nesta fase, a alteração da estrutura accionista da PT».
O PCP recorda ainda as responsabilidades do Governo PSD/CDS na eliminação da Golden Share do Estado na PT e o papel do actual Presidente da República (quer na qualidade de Chefe de Estado quer enquanto primeiro-ministro). Recuperando o conteúdo do projecto de resolução apresentado na Assembleia da República pelo Grupo Parlamentar comunista, o PCP reafirma a defesa do controlo público da PT.