A saga do Luxleaks
O jornal belga Le Soir revelou, dia 9, a existência de um novo conjunto de documentos que implicam mais 35 empresas no escândalo de evasão fiscal, organizado com a cumplicidade do governo luxemburguês.
Entre empresas agora citadas que fizeram acordos fiscais vantajosos, entre 2003 e 2011, estão a Skype, Walt Disney, Koch Industries, Bombardier ou a Telecom Italia.
O jornal noticiou que os acordos foram preparados pelas quatro grandes empresas de auditoria e consultoria.
As vantagens traduzem-se em tributações extremamente reduzidas. Por exemplo, no caso da Skype, os impostos incidem apenas sobre cinco por cento dos lucros. Já a Walt Disney Luxemburgo beneficia de uma taxa quase simbólica de 0,28 por cento paga.
O escândalo Luxleaks foi trazido a público, em Novembro, pelo Consórcio Internacional dos Jornalistas de Investigação (CIJI), que teve acesso a 28 mil páginas de documentos sobre acordos fiscais secretos.
Entre 2002 e 2010, quando o actual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker era primeiro-ministro do Luxemburgo, o Grão-Ducado fez acordos fiscais com cerca de 340 multinacionais.