O primeiro dos quatro dias (de 19 a 22) da greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses para o Hospital Distrital de Santarém teve uma adesão de 75 por cento, revelaram fontes sindicais, que sublinharam o facto de várias especialidades – incluindo o serviço de urgência – terem ficado a funcionar em serviços mínimos. A acção de luta surge na sequência do ultimato lançado pelos enfermeiros, em Julho, ao Ministério da Saúde a alertar para a necessidade da contratação de mais enfermeiros e para a defesa da qualidade dos cuidados prestados, em risco devido à sobrecarga horária a que os profissionais são submetidos. Também no dia 19, enfermeiros, representantes do SEP, da União dos Sindicatos de Santarém e da Comissão de Utentes participaram numa concentração à entrada do hospital, para informar a população dos motivos que levaram à realização da greve.
Porque exige a rápida admissão de mais enfermeiros, a regulamentação dos horários de trabalho, o pagamento do trabalho extraordinário e a aplicação aos enfermeiros a contrato individual de trabalho da remuneração e direitos dos que estão com contrato de trabalho em funções públicas, o SEP convocou uma greve para o dia 25 no Centro Hospitalar Barreiro Montijo (com concentração à porta do hospital), e uma greve para os dias 28 e 29 na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, com concentração frente ao Hospital de Viana do Castelo, a 28.