Médicos confirmam greve
«Temos de dar a resposta adequada» nos dias 8 e 9 de Julho, reafirmou a comissão executiva da Federação Nacional dos Médicos, considerando como «promessas de circunstância» as mais recentes declarações de Paulo Macedo e outros governantes. «Até hoje, o ministro da Saúde não apresentou qualquer proposta para alterar um único problema», ficando sem resposta as matérias incluídas no acordo de Outubro de 2012, refere-se num comunicado de segunda-feira, 30 de Junho.
A FNAM observa que, «tal como já aconteceu há dois anos, o ministro da Saúde, só depois de anunciada a greve dos médicos é que mostrou abertura para eventuais alterações a algumas das suas graves medidas». Mas nada foi concretizado em medidas ou propostas, pelo contrário:
– a nova versão da «lei da rolha» (como tem sido apelidada a proposta de «código de ética para a Saúde»), segundo a federação, «não acautela os mínimos da liberdade de expressão»;
– após «declarações ridículas» sobre a Portaria 82/2014 (que ameaça desmantelar e encerrar hospitais e serviços), o ministro não avançou com a sua revogação;
– entre duas reuniões com as organizações sindicais médicas (a 30 de Abril e a 6 de Junho) e à revelia de qualquer negociação, os problemas foram acrescidos por portarias e despachos sobre reorganização hospitalar, trabalho nas ambulâncias e limites à abertura de unidades de Saúde Familiar.
Anteontem, 1 de Julho, a Ordem dos Médicos apelou a que os doentes não se desloquem aos centros de saúde e hospitais nos dias da greve. Apelou ainda à participação de todos na concentração que os sindicatos marcaram para dia 8, terça-feira, às 15h30, frente ao Ministério da Saúde.