O bloqueamento à contratação de pessoal por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças está a conduzir os enfermeiros do Hospital de Santarém ao cansaço extremo, gerando uma situação de ruptura na unidade hospitalar que tem tendência para se agravar no período de Verão, afirma o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) em comunicado. 
Os enfermeiros, submetidos à imposição do horário de 40 horas e que acabam por fazer 50/60 horas semanais em virtude do «volume de trabalho extraordinário», «nunca estão realmente de folga, tal como a Lei obriga», afirma ainda a direcção regional do SEP, que destaca o facto de os profissionais não terem pausas para «recuperar física e psicologicamente» e não terem vida familiar. O sindicato, que considera a situação preocupante e de risco para os utentes, dada a diminuição de enfermeiros e a sua exaustão, afirma que os profissionais declinam qualquer responsabilidade no problema e que, se este se mantiver e continuar a ser ignorado, estão prontos para tomar «medidas mais radicais, nomeadamente a recusa ao trabalho extraordinário».
Profissionais exaustos, a cujo trabalho extraordinário se recorre de forma sistemática para fazer frente a carências de pessoal, os enfermeiros do Centro de Saúde Arnaldo Sampaio, do ACES Pinhal Litoral, vão fazer greve das 8h00 do dia 10 às 20h00 do dia 11. No pré-aviso de greve emitido pelo SEP, afirma-se que a equipa de enfermagem exige a contratação de mais profissionais e anuncia a sua indisponibilidade para a realização do trabalho extraordinário programado.