Luta pelas 35 horas
Dando continuidade à luta por horários de trabalho dignos, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) assinou no dia 18 de Junho com a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz um Acordo Colectivo de Entidade Empregadora Pública (ACEEP), no qual se garante aos trabalhadores do município, entre outras matérias, o horário de trabalho de 35 horas semanais e sete diárias. Trata-se do 41.º ACEEP assinado por autarquias do distrito de Évora, revela a direcção regional do sindicato.
No dia 27, foi a vez do município da Lousã formalizar um ACEEP com o STAL, no qual se estabelece o horário das 35 horas semanais para os trabalhadores da autarquia. Nesse mesmo dia e também no distrito de Coimbra, cerca de 80 trabalhadores participaram num plenário frente aos Paços do Concelho da Figueira da Foz para exigir a reposição desse horário. Em declarações à Lusa, Aníbal Martins, coordenador regional do STAL, afirmou que foi entregue «uma resolução na Assembleia Municipal e um abaixo-assinado ao presidente da Câmara a solicitar o início de negociações com a maior brevidade possível». O coordenador do STAL revelou ainda que, no distrito de Coimbra, os municípios de Arganil, Penela, Cantanhede e Tábua ainda não iniciaram negociações com vista à reposição das 35 horas – que estão em vigor na maioria das autarquias do distrito graças à apresentação de uma providência cautelar.
Mais de mil trabalhadores do Centro Hospitalar de Lisboa Central subscreveram um abaixo-assinado no qual se exige a redução do horário para as 35 horas semanais. No dia 26, após a realização de um plenário junto à entrada principal do Hospital de São José, os trabalhadores decidiram fazer a entrega do abaixo-assinado ao conselho de administração. Ana Pais, do sindicato da Função Pública, afirmou à Lusa que os trabalhadores do CHLC mostraram a sua vontade e que o aumento da carga horária sem qualquer remuneração corresponde a um «trabalho escravo».