O Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla inglesa) triunfou nas eleições gerais sul-africanas do passado dia 7. De acordo com os dados oficiais divulgados pela entidade fiscalizadora do sufrágio, o ANC obteve 11,4 milhões de votos (62,15 por cento do total) e 264 assentos na Assembleia Nacional. O segundo partido mais votado foi a Aliança Democrática (22,23 por cento), que garantiu a designação de 67 deputados.

Nas quintas eleições realizadas após o derrube do apartheid, as primeiras posteriores ao desaparecimento de Nelson Mandela e nas quais votaram, pela primeira vez, sul-africanos nascidos depois do desmantelamento do regime segregacionista, o ANC triunfou ainda em oito das nove províncias e garantiu a reeleição do actual presidente e líder da organização, Jacob Zuma, para um segundo mandato na presidência.

O ANC considera que os resultados representam uma censura popular aos partidos que pretendem fazer retroceder os avanços históricos no país. Para o Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (COSATU), a maioria esmagadora obtida pelo ANC é uma vitória dos trabalhadores, enquanto que o Partido Comunista Sul-Africano (PCSA) sublinhou que o triunfo sufraga «a segunda fase da revolução democrática em curso», transformação «radical» da sociedade que deve ser concretizada «com maior rigor».