Homenagem a Sophia de Mello Breyner

Na passagem dos dez anos da morte de Sophia de Mello Breyner Andresen e no ano em que se celebra os quarenta anos da Revolução do 25 de Abril, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, a transladação do corpo da poetisa para o Panteão Nacional.

A decisão resulta de uma iniciativa conjunta de todos os partidos com assento parlamentar, sob a forma de projecto de resolução onde se propõe a constituição de um grupo de trabalho para «determinar a data, definir e orientar o programa da trasladação», em articulação com outras entidades públicas.

Homenagem de reconhecimento a uma figura maior da nossa poesia, exemplo de intervenção cívica e qualidade humana, com lugar para sempre na literatura portuguesa.

«A sua poesia assume-se como mais do que um valor humano, um valor plenamente social que integra o património cultural português e o honra na senda dos seus maiores poetas», destacou o deputado comunista Miguel Tiago, sublinhando que Sophia está «entre os poucos portugueses que preenchem a plenitude dos critérios que justificam a honra de panteão».

Sobre a autora que nasceu no Porto e faleceu em Lisboa aos 84 anos, condecorada três vezes pela República Portuguesa e distinguida com 13 prémios literários, entre outras distinções, disse o deputado do PCP que ela «criou alguns dos mais belos versos da história da literatura portuguesa e ilustrou com o seu próprio sopro artístico o momento maior da história contemporânea do nosso povo, o 25 de Abril de 1974».

Miguel Tiago recordou ainda que Sophia de Mello Breyner Andresen «foi uma construtora de Abril também pela sua intervenção enquanto católica ao subscrever o protesto dos católicos que denunciava a cumplicidade entre as cúpulas da Igreja Católica e a ditadura fascista, bem como no movimento associativo, na Associação de Socorro aos Presos Políticos».




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