Marca distintiva de uma açcão ímpar
Os deputados do PCP apostam no contacto directo com os trabalhadores e as populações, aos quais dão voz nas instituições em que são eleitos.
Os comunistas dão voz às aspirações e lutas do povo
Inês Zuber encontrou-se no sábado com a Associação dos ex-Trabalhadores das Minas de Urânio da Urgeiriça (ATMU). Da reunião saiu o convite para que 25 elementos designados pela associação – acompanhados por dirigentes regionais do PCP – visitem o Parlamento Europeu entre 17 e 22 deste mês de forma a darem visibilidade à luta pelo pagamento de indemnizações aos familiares dos antigos mineiros falecidos na sequência de doenças profissionais relacionadas com a exposição à radioactividade. Está previsto que, durante esta visita, se realizem contactos com o grupo parlamentar do PCP, com a Comissão de Emprego e Assuntos Sociais e com deputados de outros grupos.
Na nota emitida no dia 30 de Janeiro pela Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP lembrava-se que centena e meia de antigos mineiros faleceram devido à natureza do seu trabalho e que os seus familiares continuam sem receber qualquer indemnização. O projecto de lei apresentado na Assembleia da República pelo PCP e por outros partidos, que visava a resolução deste caso, foi chumbado pela maioria PSD/CDS em Setembro de 2012. Entretanto, no ano passado todos os partidos apresentaram projectos de resolução sobre o assunto, muito embora de natureza e âmbito diverso. À espera continuam os familiares dos mineiros falecidos.
A mesma deputada visitou também a orla costeira do concelho de Ovar, designadamente Cortegaça e Furadouro, onde pôde constatar a dimensão dos estragos provocados pelas tempestades marítimas das últimas semanas. Acompanhada por uma delegação da organização local do PCP, Inês Zuber garantiu que levantará a questão no Parlamento Europeu e questionará a Comissão Europeia sobre possíveis apoios que possam ser canalizados para a resolução do problema.
Os comunistas entendem que os danos provocados pelo mar exigem das autoridades uma resposta urgente, mas alertam que esta não se pode ficar pela mera reconstrução do que foi agora destruído. Qualquer intervenção pública deve procurar impedir que tais danos se repitam, ano após ano.
Governo destrói agricultura
Os deputados do PCP Jorge Machado e João Ramos, acompanhados pelos membros do Comité Central Jorge Humberto e Agostinho Lopes e pelo membro da Direcção da Organização Regional de Vila Real Carlos Magalhães, visitaram no passado dia 27 a região do Douro. Do programa da visita constaram reuniões com a Avidouro e com a direcção e trabalhadores da Casa do Douro e a visita a uma exploração agrícola.
No encontro com a Avidouro, os agricultores relataram as dificuldades que se vivem no sector, fruto das políticas de sucessivos governos PS, PSD e CDS apontadas ao que consideram o «coração» da Região Demarcada, a Casa do Douro. Nos últimos anos, estas políticas causaram a redução dos preços dos vinhos de pasto e tratado e do benefício aos lavradores, com a consequente diminuição dos rendimentos dos pequenos e médios vitivinicultores. Neste encontro foram também referidas as crescentes dificuldades no acesso ao crédito por parte dos agricultores, o que torna inviável o financiamento de projectos.
Nos encontros com a direcção e os trabalhadores da Casa do Douro, a delegação do PCP tomou contacto mais próximo com a gravidade da situação que aquela instituição atravessa: a proposta de viabilização apresentada pelo Governo representaria a «morte da Casa do Douro», que seria transformada numa «vulgar associação privada, que acabará – se os durienses o permitirem – a ser dirigida pelos senhores exportadores de Gaia e a grande lavoura do Sul através da CAP».