Resposta colectiva aos cortes já vistos

Novas acções nos transportes

Esta semana, foram concretizados os cortes nos salários e complementos dos trabalhadores e reformados de empresas públicas de transportes. Estão decididas lutas para dias 4 e 7.

Trabalhadores e reformados vão estar sábado no «dia nacional de luta»

No dia 27, segunda-feira, três centenas de trabalhadores e reformados do Metropolitano de Lisboa reuniram-se em plenário, na estação do Saldanha. Para trás estavam três greves parciais, nas manhãs de quinta-feira, com adesão praticamente total e paralisação da circulação. Na mão estavam as contas dos cortes concretizados nesse dia, nos salários e nos complementos de reforma, com quebras de 30 a 60 por cento. À frente, coloca-se a ameaça de concessão da exploração da empresa, conjuntamente com a Carris.
Para não dar pretexto a que a administração, na reunião agendada para ontem, se furtasse a discutir as matérias que podem evitar o agravamento do conflito, deliberaram não realizar acções de luta esta semana. Mas afirmaram-se prontos a participar numa acção do sector, dia 7, junto ao Ministério da Economia.
Das suas razões e dessa determinação de lutar foram dar conta ao Ministério do Emprego, na Praça de Londres, para onde se dirigiram, em manifestação, ao final da manhã.
Reformados da Carris reuniram-se na tarde de quarta-feira, 22, frente à estação da transportadora em Miraflores. Protestaram contra o roubo dos complementos de reforma e de sobrevivência e exigiram a suspensão dessa medida, bem como que sejam respeitados o direito ao transporte e outros, consagrados no acordo de empresa.
Expressaram solidariedade para com os camaradas do Metro e, no dia 27, alguns levaram essa mensagem à concentração no Saldanha. Decidiram igualmente marcar presença solidária no plenário de trabalhadores da Carris que fora já marcado para dia 7, na Praça Luís de Camões.
Este plenário, com recolha de viaturas, entre as 14 e as 18 horas, foi uma iniciativa da Fectrans/CGTP-IN e do seu sindicato na empresa, o STRUP, que convidaram organizações sindicais não filiadas na central para analisar esta ou outras propostas. Para sexta-feira, dia 7, está marcada uma reunião com a administração, pelo que o plenário deverá analisar os resultados e a continuação da luta.
O apelo à unidade e à convergência de todos os trabalhadores da Carris, participando na reunião geral de dia 7, foi reafirmado num comunicado que a federação publicou anteontem.
Para dia 4, terça-feira, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, as comissões de trabalhadores e a comissão de reformados convocaram um dia de protesto, contra mais um roubo – agora, nos salários de todos, sem excepção.
Apelando também à participação nas manifestações do «dia nacional de luta», o SNTSF, filiado na Fectrans e na CGTP-IN, insistiu que o «dia de protesto ferroviário» é aberto a todos os trabalhadores do sector, que estarão abrangidos por um pré-aviso de greve de duas horas.
Na tarde de terça-feira vão realizar-se concentrações nas estações de caminho-de-ferro de Campanhã (Porto), Alfarelos, Santa Apolónia (Lisboa) e Faro.

TST

No dia 24, sexta-feira, com recurso a greve, realizou-se no Laranjeiro um plenário de trabalhadores, promovido pelo STRUP, para analisar a falta de resposta da administração da Transportes do Sul do Tejo (Grupo Arriva) às reivindicações, particularmente quanto a melhoria dos salários, defesa do Acordo de Empresa, reposição de direitos (valor do trabalho suplementar, descanso compensatório, majoração das férias).
O sindicato ficou mandatado para, face à posição patronal na reunião de negociação agendada para anteontem, solicitar à CT que promova uma reunião de todas as estruturas representativas, de forma a concretizar uma acção convergente.

 

Em greve

Os controladores aéreos, ontem, e os demais trabalhadores da NAV Portugal, hoje, fazem greves de duas horas, no âmbito de uma jornada europeia contra o «céu único» e as políticas da União Europeia para o sector.
Os trabalhadores da DHL Express, no Aeroporto Sá Carneiro, decidiram fazer greves de duas horas, durante toda esta semana, contra discriminações na atribuição dos prémios de incentivo e produtividade.
O Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul marcou novos períodos de greve, prolongando a luta que seria desencadeada, desde segunda-feira, assim que fossem desrespeitadas as regras do trabalho portuário para impor a liberalização.

 



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