Resultados visíveis
As vitórias pontuais alcançadas pelos trabalhadores na Vidromor, na FNAC, na Rádio Popular, na Renoldy e na Portugal Telecom estimulam as demais lutas, a crescer para a jornada nacional de 1 de Fevereiro.
Só indo ao combate se pode vencer
Um aumento salarial de 30 euros, com efeitos ao primeiro dia deste ano, foi conquistado na Vidromor, em Montemor-o-Novo, informou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira, da CGTP-IN. A reivindicação fazia parte do caderno reivindicativo aprovado pelos trabalhadores e apresentado à empresa em Dezembro.
Na loja da FNAC na Guia (Albufeira), voltaram a ser colocados assentos para os trabalhadores em todos os balcões, informou o CESP/CGTP-IN. A direcção da loja tinha decidido retirá-los, alegando que trabalhar em pé resultaria em maior produtividade, mas teve que recuar, após intervenções dos trabalhadores e do sindicato.
Dois meses depois de ter sido despedido, sob uma falsa acusação, um trabalhador da Rádio Popular e dirigente do CESP foi readmitido, depois de responder ao processo disciplinar. O sindicato assinala que, nos dias que antecederam a reintegração, a empresa tentou acordar com o trabalhador uma compensação monetária para que prescindisse do posto de trabalho, mas a iniciativa patronal saiu frustrada.
A Renoldy, em Alpiarça, foi autuada pela Autoridade para as Condições do Trabalho por ter feito a substituição de um trabalhador em greve, durante a paralisação geral de 27 de Junho do ano passado. A ACT, como referiu na semana passada a União dos Sindicatos de Santarém, reencaminhou o processo para o Ministério Público. A empresa de produção e comercialização de leite foi ainda advertida para promover formação em condução de empilhadores e para converter um contrato a termo certo em contrato efectivo (medidas estas que já foram realizadas, segundo a ACT).
O SNTCT revelou que, em tribunal, foi reconhecida a razão dos trabalhadores da PT Comunicações, que não aceitaram o pagamento dos subsídios de férias e Natal com base num cálculo médio das remunerações periódicas e regulares. Nos mais recentes quatro casos, em Coimbra, a empresa teve que pagar perto de 90 mil euros a quatro trabalhadores.
Salários
O CESP exige uma actualização dos salários de um euro por dia, bem como do valor dos subsídios de refeição, nas propostas reivindicativas apresentadas às cadeias de super e hipermercados Jumbo (Auchan), Minipreço (Dia) e LIDL.
No dia 15, a EDP respondeu com 0,25 por cento à proposta da Fiequimetal, que reivindicou uma actualização salarial média de 3,8 por cento, aprovada em plenários em Novembro.
Na PT, o SNTCT reivindicou um aumento de 40 euros para todos os trabalhadores.
Colégios punidos
A Federação Nacional dos Professores revelou, dia 16, que a ACT comprovou as irregularidades denunciadas pelos docentes e pelos sindicatos na organização dos horários de trabalho em vários estabelecimentos de ensino particular (particularmente do Grupo GPS), alguns dos quais começaram já a ser notificados para apurarem as importâncias em dívida e procederem ao pagamento dessas retribuições.
Recorda a Fenprof que, desrespeitando o contrato colectivo de trabalho do sector, várias direcções consideraram os tempos lectivos como tendo 60 minutos, em vez de 45, para ultrapassarem o limite do horário lectivo, o que permitiria reduzir o número de docentes e baixar, simultaneamente, o valor do trabalho prestado.
As situações de que a federação e os sindicatos já têm conhecimento referem-se a casos nos anos lectivos de 2012-2013 e 2013-2014, e a estabelecimentos do Grupo GPS. Os valores a regularizar podem atingir cerca de um terço do salário.