Voto sobre a Ucrânia

Inaceitável pressão e ingerência

PS, PSD e CDS apresentaram e votaram favoravelmente na sexta-feira, 13, todas as alíneas de um voto sobre a actual situação na Ucrânia.

O PCP absteve-se nas primeiras duas de quatro alíneas e votou contra as duas seguintes (PEV, BE também), onde é expresso o apoio às autoridades locais com vista ao apelidado «acordo de associação com a União Europeia». Seis deputados do PS abstiveram-se nestas duas alíneas.

Para o presidente do Grupo Parlamentar do PCP, João Oliveira, é «inaceitável» que o Parlamento português tivesse sido confrontado com um voto que em sua opinião «branqueia e dá cobertura à acção desestabilizadora e violenta de forças ultra-nacionalistas, neofascistas e xenófobas, considerando que esse é um preço aceitável a pagar para garantir que a União Europeia possa continuar a alargar a sua influência».

Do ponto de vista do PCP, o que este texto traduz é ainda o apoio à «política de embate de blocos, promovendo objectivos de divisão, confronto e desestabilização», para levar a cabo o que classifica de «inaceitável manobra de pressão e chantagem sobre as instituições ucranianas».

Não tendo dúvidas de que este voto «promove a ingerência e o condicionamento da soberania do povo ucraniano», João Oliveira rejeitou quer as «imposições do chamado Acordo com a UE» quer as exigências do FMI que as acompanham de «congelamento dos salários, redução do défice orçamental e liberalização do preços do gás no quadro da concessão de um eventual empréstimos».

«Os partidos que assinaram em Portugal o pacto de agressão pretendem agora que a mesma receita seja aplicada aos ucranianos», acusou, e por isso deixou expressa a solidariedade do PCP ao povo da Ucrânia e o «pleno respeito pelas suas liberdades democráticas e pelas suas opções e decisões soberanas quanto ao presente e futuro».

 

 



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