Empenhados na luta
Intervindo no 15.º EIPCO em nome do PCP, Pedro Guerreiro abordou a situação política e social em Portugal, as tarefas e luta do Partido. Notando que a crise estrutural do capitalismo veio acentuar «a grave crise que o País enfrentava em resultado de mais de três décadas de política de direita, determinada pelos interesses dos grandes grupos monopolistas e subordinada à integração capitalista da União Europeia (UE)», o membro do Secretariado do PCP realçou que o pacto de agressão imposto contra os trabalhadores, o povo e o País, «correspondeu ao intuito do grande capital nacional e transnacional de garantir a concretização de um salto adiante na exploração, na destruição de direitos sociais, na apropriação de avultados recursos públicos, na liquidação do sector público e na dependência e subordinação externas». Golpe contra o regime democrático que «está em confronto com a Constituição Portuguesa», texto fundamental e conquista revolucionária que, apesar de mutilado várias vezes, consagra ainda «as linhas essenciais do programa de emancipação social e nacional alcançado pela Revolução de Abril, que continua a ser susceptível de unir, para além da classe operária e dos trabalhadores, amplos sectores da sociedade portuguesa», explicou.
Perante os representantes dos PCO, o responsável da Secção Internacional do PCP explicou que «o PCP intervém activamente para o reforço e alargamento da luta dos trabalhadores e do povo pela rejeição do pacto de agressão e a ruptura com a política de direita, pela demissão do Governo e a realização de eleições legislativas antecipadas, por uma política patriótica e de esquerda». Política, esclareceu, que se enquadra no Programa do PCP “Uma Democracia Avançada – Os valores de Abril no futuro de Portugal”, o qual «na continuidade histórica do Programa da Revolução Democrática e Nacional e dos ideais, conquistas e realizações da Revolução de Abril, constitui a etapa histórica actual da luta pelo socialismo em Portugal». Combate, precisou também, que se tem desenvolvido com intensidade e «no qual assume um papel central o movimento sindical unitário de classe e a sua confederação, a CGTP-IN, confirmando a força motora da classe operária e dos trabalhadores e a sua capacidade de trazer à luta outros sectores e camadas sociais».