Confrontos prosseguem
Homens armados atacaram, na manhã de anteontem, uma coluna de viaturas de passageiros escoltada por militares na província de Sofala, no centro de Moçambique. De acordo com a radioemissora pública, o motorista de um dos autocarros morreu e uma dezena de passageiros sofreu ferimentos ligeiros.
Embora a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) não tenha reivindicado a acção, ela está a ser atribuída a ex-combatentes da organização, que segunda-feira foi desalojada pelas forças armadas moçambicanas de uma antiga base em Maríngué, na mesma região.
O exército confirma a ocupação das instalações e os combates ocorridos, e justifica o assalto com a necessidade de desmantelar um ponto de apoio a partir do qual vinham sendo lançados ataques contra veículos militares e civis que circulam na principal estrada do país.
Na segunda-feira, uma semana depois do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ter sido expulso do quartel de Satungira, o presidente Armando Guebuza reiterou que a resposta das autoridades está de acordo com a ordem constitucional, lembrando que os guardas de Dhlakama passaram de seguranças do líder «a instrumento de chantagem contra o Estado». Em nota enviada à Lusa, Guebuza qualificou ainda os actos de terroristas e considerou que «testam a nossa firmeza na defesa da Paz».
Também na segunda-feira, a Renamo não compareceu a uma ronda negocial agendada entre as partes, argumentando que só o fará na presença de facilitadores e observadores.