Emprego, primeiro
O edil do município de Alcalá de Guadaira (Sevilha) ofereceu, dia 1, os terrenos e instalações da fábrica de loiças sanitárias Roca a empresas que tencionem retomar a produção.
Trabalhadores podem criar cooperativa
A proposta, anunciada na semana em que os últimos trabalhadores daquela fábrica da Roca recebiam as cartas de despedimento, implica a expropriação do poderoso grupo catalão pelo município de Alcalá de Guadaira.
A ideia de tomar posse administrativa da unidade fabril foi inicialmente apresentada, sem sucesso, pela Esquerda Unida aos socialistas que gerem o município.
Porém, o porta-voz local da Esquerda Unida, Alberto Miranda, insistiu na viabilidade de tal opção, acabando por convencer o presidente do município, Gutiérrez Limones, numa reunião em que participaram representantes das centrais sindicais Comisiones Obreras e UGT.
Após esta reunião, refere a Esquerda Unida em comunicado citado em larepublica.es, abriram-se duas possibilidades.
Por um lado encontrar uma empresa que queira investir e retomar a produção nos terrenos e instalações da Roca, que seriam cedidos pelo município em troca de condições favoráveis para os antigos trabalhadores da empresa. Com este fim, o porta-voz da Esquerda Unida está a desenvolver contactos para o eventual estabelecimento de empresas estatais venezuelanas.
A outra possibilidade, mais complexa e audaciosa, seria que os trabalhadores encontrassem um projecto viável para se constituírem em cooperativa e assumissem a exploração da fábrica.
Para tal, a futura cooperativa poderia contar com o apoio do município e da Junta da Andaluzia, governada actualmente por uma coligação entre a Esquerda Unida e o PSOE.