Professores mantêm greves

A reunião que o Ministério da Educação e Ciência antecipou para segunda-feira, com a Fenprof e os outros sindicatos (em três mesas de negociação) prolongou-se para ontem. Mas a federação alertou que «a luta continua» e «a obtenção de ganhos para os professores exige a manutenção dos elevados níveis de adesão à greve às avaliações». Esta greve, iniciada dia 7, foi estendida para toda a corrente semana, salientando as oito estruturas da plataforma sindical que a sua duração apenas depende das posições do MEC.

Numa nota ontem publicada pelo Secretariado Nacional da Fenprof, salienta-se que os professores estão «num processo de luta histórico e sem precedentes» e foi esta forte pressão que fez o MEC pedir anteontem a interrupção da reunião, para apresentar uma proposta escrita. Esta deverá, insistiu a Fenprof, aproximar-se das exigências sindicais em relação à mobilidade (especial e interna), ao aumento do horário de trabalho e à definição das actividades consideradas como componente lectiva (incluindo a direcção de turma).

A continuação da greve às avaliações foi confirmada nas respostas de milhares de professores aos inquéritos dos sindicatos, recebidas em apenas dois dias. A federação salienta ainda que no decurso desta greve teve lugar uma grande manifestação, a 15 de Junho, e uma greve geral da classe docente, no dia 17. A Fenprof e as organizações da plataforma apelam ainda à participação na greve geral de amanhã.




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