Portalegre acolheu, no dia 4, uma sessão pública sobre «Desenvolvimento Económico e Social do Interior: que soluções?», que contou com a participação de Carlos Carvalhas, do Comité Central. Na iniciativa, integrada na campanha do Partido «Por uma política alternativa, patriótica e de esquerda», ficaram claras as políticas de desastre aplicadas no País nas últimas décadas. No distrito de Portalegre cresce o desemprego e aumenta a precariedade e a emigração, ao mesmo tempo que a pobreza se multiplica, não se vislumbrando quaisquer medidas que possam pôr termo ao definhar da região – pelo contrário, os sinais apontam para o seu agravamento.

No distrito todas as empresas industriais com algum peso encerraram – Fino´s, Robinson, Delphi, Johnson Controls e Subercentro – e todas as promessas de criação de alternativas até hoje não se concretizaram nem estão sequer anunciadas. As pequenas empresas familiares soçobram, vítimas do aumento da carga fiscal e da quebra acentuada no poder de compra dos trabalhadores e do povo. O sector do turismo, apresentado como o futuro da região, está também a ser destruído, com muitas das suas principais unidades encerradas, como são exemplo a Pousada de S. Miguel, em Sousel, a Pousada de Santa Luzia, em Elvas, o Hotel S. Mamede, em Portalegre, ou o Golfe Hotel em Marvão. Na sessão foram ainda denunciados a «chaga» dos salários em atraso, que atinge no distrito centenas de trabalhadores, a ofensiva contra o Ensino e a Saúde e os ataques contra o Poder Local democrático.