Alemães lutam por salários

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Cerca de 50 mil operários metalúrgicos de 100 fábricas na Alemanha efectuaram paralisações parciais, no dia 2, reclamando aumentos salariais de 5,5 por cento.

As acções, convocadas pelo IG Metall, o maior sindicato alemão, tiveram particular expressão no estado de Baden-Wuerttemberg, onde 26 500 trabalhadores participaram em greves, incluindo nas fábricas de automóveis Daimler e Porsche.

O IG Mettall exige a relavorização salarial para 3,7 milhões de operários de uma série de sectores, do automóvel ao electrónico, tendo recusado a proposta da federação patronal, Gesamtmetall, de actualizações de 2,3 por cento durante 11 meses, a partir de 1 de Julho.

O sindicato defende que o aumento dos salários terá efeitos benéficos para a economia, contribuindo para a subida da procura interna e do consumo, notando que as políticas de austeridade que vigoram na maioria dos países da UE têm vindo a reflectir-se num menor escoamento dos produtos alemães.

Ora, dado que a economia alemã assenta essencialmente nas exportações, que representam 50 por cento do seu Produto Interno bruto, o futuro da indústria passa necessariamente pelo aumento do mercado interno.

Consciente de que noutros sectores foram alcançados acordos que prevêem aumentos salariais de seis por cento, o IG Metall está determinado a manter a pressão, anunciando novas greves de «aviso» ao nível nacional. 



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