Tudo depende da nossa vontade
O reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, que interveio na qualidade de anfitrião da sessão, manifestou a sua satisfação por ver a Aula Magna repleta em homenagem a um antigo aluno da Universidade e membro do seu Senado, em representação dos estudantes. Valorizando a postura de Álvaro Cunhal como defensor da cultura – para o bem comum e não para proveito próprio –, Sampaio da Nóvoa acrescentou que «nada é mais importante do que a cultura» e que cultura significa, como diz a canção, «paz, pão, habitação, saúde, educação».
Chamando a atenção para os perigos da situação actual, o reitor apelou à memória, «sobretudo nestes tempos de chumbo, de insensatez e de insensibilidade que estamos a viver. Tempos perigosos que anunciam o regresso a um País que Abril fechou», para logo em seguida acrescentar que «tudo depende de nós, tudo depende da nossa vontade». Assim, realçou, «é preciso fazer alguma coisa, antes que alguma coisa seja feita contra nós».
Antes, tinha já salientado que a semente esquecida «nalgum canto de jardim» da canção «Tanto Mar» de Chico Buarque, estaria seguramente naquela sala.