Renault reduz salários e pessoal
Após quatro meses de negociações, vários sindicatos da Renault assinaram, dia 13, o projecto da administração que visa aumentar a competitividade das unidades francesas do construtor automóvel.
Das quatro estruturas representadas no Comité Central de Empresa, só a CGT se opôs ao acordo que estipula um aumento dos tempos de trabalho e uma forte redução de pessoal.
O documento, assinado pelos sindicatos CGC-CFE, CFDT e FO, prevê a extinção de 7500 postos de trabalho até 2016, que será efectuada maioritariamente através da não substituição de trabalhadores, de pré-reformas e de rescisões por mútuo acordo.
Paralelamente, os salários ficarão congelados em 2013 ao mesmo tempo que é estabelecido um aumento de 6,5 por cento das horas de trabalho.
Em contrapartida, o grupo compromete-se a não encerrar mais unidades em França e a aumentar o volume de veículos ali produzidos para 710 mil no prazo de quatro anos, contra 530 mil que saíram das linhas de montagem no ano passado.
Este aumento passa pela concentração da produção de 80 mil viaturas de um dos parceiros do grupo, que poderá ser a Nissan. Com este plano de produção as unidades gaulesas da Renault poderão almejar uma taxa de utilização de 85 por cento contra os actuais 60 por cento, nível que as deixa abaixo da rentabilidade.