Faleceu no dia 28 de Fevereiro, aos 85 anos, José Lino Gonçalves da Silva. Nascido em Viana do Castelo, Técnico Oficial de Contas de profissão, aderiu ao Partido na década de 60, tendo desempenhado várias tarefas ao longo dos anos. Foi um dos elementos determinantes para que, nessa década de 60, após a prisão do dirigente do Partido que acompanhava o distrito (e apesar de esta organização ter ficado sem ligação à direcção central do Partido durante cerca de quatro anos) se tenha mantido a actividade regular e a edição de um «jornal» baseado nas notícias que chegavam fundamentalmente a partir da «Rádio Portugal Livre», bem como a recolha da quotização – uma situação que foi constatada quando foi reatada a ligação entre a direcção central do Partido e a organização distrital.

Depois da Revolução, José da Silva participou activamente na preparação da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Viana do Castelo, tendo sido por diversas vezes candidato da CDU. Foi funcionário do PCP, desempenhando as mais diversas tarefas na Organização Regional de Viana do Castelo, incluindo a de membro da sua Direcção da Organização Regional, que assumiu até à última assembleia.

José Silva foi ainda colaborador de órgãos de comunicação social regional e teve ligações a diversas expressões do movimento associativo do distrito, tendo sido até ao seu falecimento Técnico Oficial de Contas da Associação Regional de Agricultores do Alto Minho.

No seu funeral esteve presente uma delegação do Partido (composta por Albano Nunes, do Secretariado, João Frazão, da Comissão Política, e Filipe Vintém, do Comité Central). João Frazão sublinhou, numa breve intervenção, o «exemplo de dedicação, combatividade e firmeza» de José Silva, bem como a sua «modéstia e discrição excepcionais» e a sua disponibilidade para levar por diante as tarefas do Partido. Para o membro da Comissão Política, José Silva foi, ainda um «construtor da unidade».