Ao serviço do País ou da troika?
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Certamente confundindo desejos com realidades, muitos foram os que declararam ao longo dos anos a morte do PCP: Salazar e Caetano fizeram-no, tal como muitos dos promotores da contra-revolução e da política de direita que há mais de 35 anos fustiga o povo e o País. Uns e outros não podiam estar mais longe da verdade. Tal como não soçobrou perante a repressão fascista, o Partido Comunista Português enfrentou de rosto erguido a poderosa ofensiva ideológica que dava como certo o fim do comunismo e da luta de classes e apresentava o capitalismo como sistema triunfante, final e único, e não se deixou seduzir pelos «cantos da sereia» da participação no poder pelo poder.
Mas desengane-se quem pensar que o PCP se limita a resistir. Resiste, sim, mas cresce, avança, reforça-se, como o prova a adesão ao Partido de milhares de pessoas que compreenderam já que não basta perfilhar certas ideias – é preciso lutar por elas, colectivamente. Ouçamos o que têm a dizer os novos militantes.
Referindo-se ao anúncio de novas medidas de austeridade, a propósito da sétima avaliação da troika, o PCP reafirmou que o caminho é romper com o pacto de agressão e concretizar uma política patriótica e de esquerda.
Só uma política patriótica e de esquerda poderá garantir a soberania e a segurança alimentares do País, que se encontram seriamente ameaçadas, reafirmou o PCP.
Debates, exposições, música, arte. Estas são algumas das expressões que estão a assumir as comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal.