Mais de dez mil trabalhadores da Função Pública manifestaram-se, dia 7, em Bruxelas, contra a política restritiva do governo que se propõe reduzir de forma «drástica e cega» os postos de trabalho e reduzir salários e direitos.

Convocados pelos três sindicatos do sector, os manifestantes desfilaram de manhã até à Secretaria de Estado da Função Pública, onde se concentraram e fizeram ouvir à tutela um ruidoso protesto em ambiente carnavalesco.

Junto à entrada do edifício governamental ergueram um muro simbólico, com o qual pretenderam representar os diferentes serviços federais. Cada tijolo poderia representar um trabalhador, todos são necessários para que o muro se mantenha de pé.

Na véspera, dia 6, metalúrgicos belgas da ArcelorMittal juntaram-se aos seus camaradas luxemburgueses e franceses, para se manifestarem junto ao Parlamento Europeu, em defesa dos postos de trabalho.

A marcha foi bloqueada por destacamentos da polícia de choque francesa, que disparou projécteis de borracha sobre os manifestantes, ferindo gravemente num olho um jovem operário belga.